Semana passada foi uma semana de comemorações, mensagens e lembranças carinhosas pelo Dia Internacional das Mulheres.
Ficou, pra mim, a reflexão do universo feminino nos dias atuais e das exigências circunstanciais para as mulheres.
Oportunamente tive a demanda de uma palestra sobre as Super Mulheres e me pus a pensar: quem são estas mulheres? Quais as exigências a que estão submetidas? Quais as entregas que fazem no dia a dia?
São profissionais de sucesso, com disponibilidade de horário total às exigências corporativas, são mães amorosas e presentes em todas as etapas e momentos dos filhos, são amantes calientes, perfumadas, lindas e carinhosas. São amigas, companheiras, cumplices e administradoras irretocáveis da rotina do lar.
São patroas e funcionárias, são filhas, irmãs, são responsáveis pelo bem e pelo mal da humanidade quando lhes colocamos nas mãos suas crias para que sejam educadas, amadas e bem sucedidas.
Será mesmo possível atender a todas estas demandas? E como lidamos com estas entregas?
Quantas vezes pensamos que somos capazes de tudo isto e nos frustramos quando algo não vai conforme o esperado?
Minha percepção é fundamentada no meu dia, nas minhas entregas, nas demandas constantes e grandiosas que se apresentam em todos os momentos. Demandas de tempo, de mediação, de articulação, todas elas complexas e intensas.
Olho para minha rotina e não me satisfaço porque a expectativa foi para além de mim, além da minha humanidade.
Sou mãe, faço tudo e muito mais para ser perfeita, mas não sou.
Sou profissional e entrego meu melhor, mas não é suficiente pra mim.
Sou amiga, irmã, filha e não consigo sequer ser presente em ocasiões significativas destas relações.
Sou tudo e não sou todas, mesmo que eu tente a humanidade não me permite.
Ser mulher, hoje, é ser além da humanidade e isto não é humano.
Aprendi a ser o que sou, meu melhor em todas as frentes e não “a melhor”.
Meu máximo nas pessoas, meu possível nos processos e nas coisas.
Sou mulher, sou mãe, amiga, companheira, filha, irmã, profissional…
Sou o que a humanidade me permite ser, com as cores mais fortes, os aromas e sabores mais intensos, o amor e o calor de quem é mulher.